No mês de Maio, a Igreja celebra a devoção a Virgem Maria, Mãe de Deus. E durante todo o mês, nós cristãos católicos somos convidados a olhar com sabedoria e fé para a figura da mulher humilde e escolhida por Deus, que com o seu “SIM” transformou a história da humanidade. Maria, filha dos colonos Joaquim e Ana, posteriormente Santa Ana, e São Joaquim, nasceu em Nazaré localizada ao norte da região da Galileia. Nasceu por volta do ano 20, antes de Cristo. Maria, também conhecida como Nossa Senhora, Maria Santíssima e Virgem Maria, foi a Mãe de Jesus.
As fontes sobre a história de Maria são bem escassas, raramente são mencionadas, além das citações nos Evangelhos e nos Atos dos Apóstolos. Maria era uma camponesa, e quando jovem vivia longe do centro religioso de Jerusalém. Segundo os historiadores, Maria não deve ter recebido nenhuma instrução formal. A educação judaica, centrada nos estudos das escrituras, era só para os meninos.
Segundo os textos que não tem a sua origem conhecida, Maria teria sido prometida a José (da casa de Davi) ainda na adolescência, por volta dos 12 anos de idade, como era de costume entre as famílias judaicas daquela época. E teria se casado com a idade de 14 a 15 anos. E para os Evangelistas José tinha como profissão “carpinteiro”, entretanto, o termo grego que designa a sua profissão está mais próximo de construtor, aquele que trabalhava com madeira, pedra ou ferro. Alguns antigos relatos, dizem que a oficina de José tinha se especializado em fazer peças para carroças e arados (instrumentos rústicos).
A arte religiosa era costume retratar que homens mais velhos se casassem com adolescentes. E segundo a tradição cristã, Maria ainda prometida a José, teria engravidado pela ação do Espírito Santo, e Jesus teria nascido em Belém, na cidade da Judéia provavelmente no ano 6 antes de Cristo.
A região da Galileia daquele tempo, do ponto de vista dos judeus, era uma terra de imigrantes, que tinha feito parte do velho reino de Israel., que vivera o seu auge praticamente mil anos de Jesus, sob o domínio dos reis Davi e Salomão. E depois dessa fase gloriosa uma guerra civil no século VIII antes de Cristo fez surgir uma série de impérios. O resultado é que a Galileia acabou sendo ocupada por grupos pagãos até o final do século II antes de Cristo, quando os judeus recuperaram sua independência política, graças aos reis da família dos asmoneus, que eram os membros governantes.. E alguns pagãos da região foram convertidos a força ao judaísmo, enquanto novos assentamentos, então ocupados por famílias vindas dos arredores de Jerusalém surgiram na zona rural da Galileia. Os ancestrais, antepassados de Maria, provavelmente estavam entre esses colonos.
É possível que Jesus tenha trabalhado em Séforis, cidade próxima a Nazaré, ao lado de seu pai e irmãos, e que tenha começado a peregrinar pelas estradas da Galileia somente por volta dos 30 anos, em conformidade com os textos sagrados.
Acredita-se que José tenha morrido antes de Jesus iniciar as peregrinações, porque Ele não aparece nas narrativas sobre o Cristo adulto. Maria, seria parente de Isabel e mãe de João, aquele que nos Evangelhos, foi o responsável pelo batismo de Jesus. A tradição sustenta que embora tivesse vivido em Éfeso (atual Turquia) Maria, teria voltado para Jerusalém, onde morreu com cerca de 50 anos de idade.
Os arqueólogos que exerciam a profissão que estudam a cultura do passado ( restos de seres humanos, encontraram alguns epígrafos, ou seja, aqueles que estudam a memória de defuntos, peregrinos que passavam pelo local para reverem um túmulo datado do século I, que foi atribuído a Maria, sobre o qual foi construída uma basílica a Ela dedicada. É possível que Maria teria passado a sua velhice ao lado do filho Tiago em Jerusalém. E não há relato sobre o fim da vida de Maria, embora a tradição cristã do século IV em diante, tenha afirmado que Ela foi levada de corpo e alma para o paraíso, na chamada ” Assunção”.
Texto: Sergio Bonavides