PROCLAMAÇÃO DA PALAVRA: Mateus 1,1-16
REFLEXÃO – A ESPERANÇA IRROMPE NA HISTÓRIA
Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamarão pelo nome de Emanuel.
A promessa de Isaías se realiza em Mateus, que reconhece em Jesus o Emanuel. O nascimento de Jesus é precedido por um contexto vivido por José e Maria. Maria, na Anunciação, aceitou a mensagem de Deus, e José, com fé, também acolheu o sinal divino. Trata-se de um fato importantíssimo pelo significado que tem no plano de Deus para a humanidade e para a sua Igreja.
É necessário compreender Maria e, em seu exemplo, promover no mundo o triunfo do amor sobre o ódio, do bem sobre o mal, e substituir os valores materiais pelos espirituais. Maria nos ensina a viver a vida em plenitude. Ela nos revela Deus e é o caminho que nos conduz a Ele.
“Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo.”
O texto do Evangelho de Mateus apresenta a genealogia de Jesus Cristo, Filho de Davi, destacando sua importância como herdeiro das bênçãos de Abraão e profundamente enraizado na história do povo de Deus. Embora a genealogia pareça árida, ela carrega muitas riquezas:
Uma síntese da história da salvação.
Jesus está profundamente vinculado à história humana.
Ele é herdeiro das promessas feitas a Abraão.
Mulheres mencionadas na genealogia, em parte pecadoras e estrangeiras, apontam para a solidariedade de Jesus com todos os homens e mulheres.
Para os judeus, a genealogia comprovava a ancestralidade davídica e abraâmica de Jesus. Para nós, é um lembrete da encarnação e humanidade de Cristo.
A esperança irrompe na história.
O Evangelista Mateus nos ensina sobre a infância de Jesus. Maria, antes de dar seu “sim” ao anjo, foi escolhida desde o ventre materno para ser a Mãe do Salvador. Concebida sem pecado, Maria permaneceu livre para optar. O “sim” de Maria, dado com amor, foi essencial para a nossa salvação. Deus não impõe Sua vontade, mas nos chama a um encontro de amor e liberdade.
A genealogia de Jesus narra uma sucessão de gerações, de Abraão até Jacó, pai de José, esposo de Maria. O Evangelho também descreve o anúncio do anjo a José, pedindo que acolhesse Maria e o Filho que seria concebido por obra do Espírito Santo. José, com fé, superou seus medos e assumiu sua missão.
No dia do aniversário de Nossa Senhora, a Sagrada Liturgia nos recorda sua serenidade diante das adversidades, como o risco de ser rejeitada por conceber antes do casamento. Maria confiava plenamente no Senhor, que havia revelado, por meio do anjo, que nada Lhe é impossível (Lucas 1,37). Imitemos Maria, vivendo na confiança e na entrega.
A esperança irrompe na história.
Nossa história pessoal está inserida em uma história maior: a de nossa família, de nosso povo e de toda a humanidade. Assim como Jesus foi presença de esperança na história, também somos chamados a sê-lo. Que neste terceiro dia da Novena de Natal possamos redescobrir a esperança, a fé e o amor, mantendo nossos corações firmes na oração.
Senhor, iluminai nossa comunidade para que caminhe com firmeza em Vosso Reino e se abra aos horizontes da verdade, da justiça e do amor solidário. Que possamos ser, como Jesus, uma presença de esperança no mundo. O mundo precisa de paz, e o nosso coração de amor!
A Paz de Jesus, o Amor Fraternal de Maria.