SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA (ANO A)

A PALAVRA

BENDITA ÉS TU, MARIA! Hoje, Jesus ressuscitado acolhe a sua mãe na glória do céu… Hoje, Jesus vivo, glorificado à direita do Pai, põe sobre a cabeça da sua mãe a coroa de doze estrelas…

Primeira leitura (Livro do Apocalipse de São João 11,19a; 12,1-6a.10ab) : Maria, imagem da Igreja. Como Maria, a Igreja gera na dor um mudo novo. E como Maria, participa na vitória de Cristo sobre o Mal.

Salmo (Salmo 44(45),10bc.11.12ab.16 – R. 10b): BENDITA ÉS TU, VIRGEM MARIA! A esposa do rei é Maria. Ela tem os favores de Deus e está associada para sempre à glória do seu Filho.

Segunda leitura (Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 15,20-26.28): Maria, nova Eva. Novo Adão, Jesus faz da Virgem Maria uma nova Eva, sinal de esperança para todos os homens.

Evangelho (Lucas 1,39-56): Maria, Mãe dos crentes. Cheia do Espírito Santo, Maria, a primeira, encontra as palavras da fé e da esperança: doravante todas as gerações a chamarão BEM-AVENTURADA!
Fonte: Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus

Leituras
Primeira Leitura – Leitura do Livro do Apocalipse de São João (11,19a; 12,1-6a.10ab)
Salmo – Sl 44(45),10bc.11.12ab.16 (R. 10b)
Segunda Leitura – Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios (15,20-26.28)
Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas (1,39-56)
Fonte: Liturgia Diária

Reflexão do Evangelho
SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

Queridos Irmãos,

Existem algumas questões que nos cercam ao longo da vida: Existe algo além das fronteiras da vida, de nossa existência mortal? O que podemos deixar de nós mesmos para aqueles que permanecem? Depois de tudo que viveu aqui na terra, o que vai acontecer? Muitas pessoas estavam convencidas de que o Papa Pio XII proclamou o dogma da Assunção como uma resposta aos horrores da Segunda Guerra Mundial, quando muitos corpos foram profanados.

A solenidade da Assunção foi celebrada na Igreja Católica por muitos séculos sem uma definição doutrinal formal. A doutrina de que Maria foi “ascender ao céu em corpo e alma” é uma proclamação oficial da Igreja do Papa Pio XII, com a Bula Munificentissimus Deus, em 1950.

Para muitas pessoas de nosso tempo, este dogma de celebrar a assunção ao céu em corpo e alma da Virgem Maria soa estranho e até incompreensível. Podemos dizer, para além da motivação do Papa Pio XII, que é uma celebração que dignifica o corpo e a alma, ou seja, a pessoa inteira, pois é um dom dado por Deus que deve ser cuidado.

Se há algo que responde às perguntas mais profundas da vida, é o AMOR. A Sagrada Escritura afirma que o amor é para sempre, que é uma semente que dá fruto ao encontrar um coração disposto a recebê-lo: um coração não dobrado sobre si mesmo, mas pronto para deixar espaço para a presença do Outro, para o dom que o Senhor oferece. . Esta foi a vida de Maria, que acolheu, não sem medo, a palavra do Senhor e a sua promessa de vida: “NÃO TEMAS, MARIA, POIS ENCONTRASTE GRAÇA DIANTE DE DEUS. EIS QUE CONCEBERÁS E DARÁS À LUZ UM FILHO, E LHE PORÁS O NOME DE JESUS”(Lucas 1, 30-31).

Maria é capaz de exultar nas maravilhas que o Senhor fez em sua existência. Ela é capaz de contemplar as graças que o Senhor continua a oferecer ao mundo, fazendo “GRANDES COISAS” por nós. Ela é capaz de reconhecer que a misericórdia do Senhor se estende “de geração em geração”, ou seja, para sempre. A festa hodierna do “trânsito bendito” de Maria é um sinal de que aquelas questões fundamentais têm resposta no que Deus fez com a Mãe de Jesus, tornando-a participante na ressurreição do corpo, concedendo-lhe a glória celeste. Esse sim de Maria é um sim à vida feita doação, rendição aos planos de Deus.

Se um dia Maria disse sim a Deus, e acolheu a Palavra em sua vida, sem reservas, hoje celebramos o sim de Deus à entrega de Maria, acolhendo-a de corpo e alma, isto é, plenamente, em sua glória. Somos convidados a ler esta festa à luz da ressurreição, que celebra a humanidade acolhida em Deus, por meio de seu Filho Jesus Cristo e, com ele, a Bem-aventurada Virgem Maria.

Seu irmão na fé,
Eguione Nogueira, cmf