- Devemos ser sempre Cristocentricamente Trinitários e Marianamente Cristocêntricos. Por quê? É bíblico e teológico. Cristo é, de fato, o centro de tudo, porque há um só Deus e há um só mediador entre Deus e os homens: Jesus Cristo, homem (1º Timóteo 2,5). Ele é o mesmo ontem, hoje e sempre (Hb 13,8) e porque tudo foi criado por Ele, para Ele e Nele (Cl 1, 16-18). Ademais, Ele é o caminho, a verdade e a vida (Jo 14,6). Veio do Pai e ao Pai voltou vitorioso, pela graça do Espírito Santo, por cujo Dom também havia assumido sua missão (Lc 1, 26-ss). Eis a razão pela qual somos Cristocentricamente Trinitários.
- A Trindade é a nossa maior glória e sua visão futura será beatificante. O Pai nos quis como filhos, no Filho, pelo Espírito Santo. Somos, portanto, filhos amados do Pai, irmãos redimidos pelo Filho e formandos do Espírito Santo. Por sermos Trinitários, devemos viver em comunhão fraternal, com Igreja, anunciar e preparar o reino de Deus neste mundo. A Igreja passa, mas o Reino permanece para sempre.
- Marianamente Cristocêntricos. O Cristocentrismo é o núcleo de nossa profissão de fé e o coração de Jesus é o sacrário da Trindade. Através de Maria Santíssima (Mãe de Jesus Cristo, da Igreja e nossa). Nós chegamos a Jesus, o Messias. Ela no-lo trouxe e por isso através dela, queremos, pela graça do Filho voltar ao Pai. Somos Marianamente eclesiais. Ela intercede por nós hoje, como outrora nas bodas de Caná o fez. Temos um único Salvador – Jesus Cristo. Mas Ele tem uma Mãe, que nos deu nos minutos finais de sua vida na cruz. Ela levou muito a sério essa missão. Os Santuários Marianos existentes no mundo, no-lo demonstram.
- A Solenidade da Anunciação tinha no passado, uma conotação mais definidamente Mariana. Hoje, no entanto, é mais Cristológica. De fato, o anúncio foi feito à Maria (Lc 1, 26-36), mas o conteúdo da mensagem foi a salvação em Cristo. Maria foi eternamente escolhida para isso. O Pai assim o quis. O Espírito Santo fez sua parte e Maria ofereceu seu coração, seio e vida para a encarnação do Messias. Por isso, Ela é a mais sublime das Mães – a Imaculada – pois o Santíssimo Salvador, não poderia provir de mãe maculada pelo pecado. Somos felizes, porque o Pai nos deu um Salvador e uma Mãe sem igual. Não sabemos, quando foi, a anunciação da encarnação do Senhor, mas a Igreja não poderia esquecer esse feliz anúncio. E colocou-o no dia 25 de março.
Texto: DOM CARMO JOÃO RHODEN
Fonte: CNBB