A mensagem do Papa Francisco, para a 58ª Jornada Mundial de Oração pelas Vocações, retoma o ano Josefino com o tema: “SÃO JOSÉ, O SONHO DA VOCAÇÃO”. Propõe-se o modelo do Patrono da Igreja Universal e Custódio do Redentor, como itinerário e caminho vocacional. Certamente, um coração de pai, grande para amar e acolher o grandioso chamado de Deus para a missão.
Ser capaz de sintonizar, no mais profundo de nós mesmos, o que os místicos chamam de inconsciente divino, espiritual, ou nosso verdadeiro ser, com o projeto e sonho de Deus concretizado no singular de cada pessoa e situação. Sim, sonhar com magnanimidade e generosidade, para colocar-se na perspectiva do Plano de Deus e do seu Reino. Sonhar, palpitando com as mais nobres, esperançosas e justas aspirações e propósitos da humanidade, que anseia por libertação e redenção.
Sonho que nos leva a outra palavra, que torna-nos instrumentos da sua Vontade: o serviço. Servir com humildade, mansidão, desprendimento, na alegria de responder ao Senhor, com a disponibilidade total dos pobres e pequenos. Servir ao povo, à Igreja como ela quer e precisa ser servida e amada, porque o amor não cansa, nem se cansa.
Servir nas sombras, dificuldades e contradições, preferindo sempre, como São José, ficar na penumbra das sombras ou nos bastidores, mas agindo com firmeza e determinação quando necessário. Mas, para viver com plenitude o sonho da vocação, devemos acrescentar ao serviço a palavra fidelidade.
Fidelidade que significa a permanência no amor, a decisão de colocar-se sempre, e até o final, no cumprimento da missão que nos foi dada. Fidelidade de todas as horas e situações, que supera atalhos ou projetos pessoais, tentadores sim, mas que nos levam a vender o sonho por um prato de lentilhas, como Esaú. Precisamos de vocacionados que caminhem sempre, nunca desistam do seu sonho, pois a vitória da vida plena e do Reino é dos que têm, como São José, um coração forte, criativo e fiel, totalmente voltado para o Deus da Vida, fonte de todo chamado. Deus seja louvado!
Texto: DOM ROBERTO FRANCISCO FERRERIA PAZ
Fonte: CNBB