FAMÍLIA, ESPAÇO DO AMOR, DO BOM VIVER E CONVIVER

ARTIGOS

Encerramos, neste sábado, a semana destinada a celebrar a vocação e o dom de ser e de se ter uma família. Às vezes, esquecemos que a paz e a própria pátria iniciam na família, célula mater, ou básica, da sociedade. Quando se fala do índice bruto de felicidade, do qual, um pequeno país como o Butão, seria o que teria o melhor índice, comprovamos que nascer e sermos educados numa família saudável e amorosa é o melhor começo para aprendermos o sentido profundo da humanidade e sermos formados na escola das mais ricas virtudes espirituais e sociais.

Mais, todas as alternativas para um desenvolvimento sustentável, ou verdadeiro progresso integral, passam em promover a família e dotá-la, como diz o Papa Francisco, DOS TRÊS T: TETO, TERRA E TRABALHO. O documento da Conferência de Puebla afirmava a importância da família, sublinhando que era nela que aprendíamos e integrávamos os relacionamentos humanos fundamentais: paternidade, maternidade, filiação, fraternidade e nupcialidade.

O Papa São João Paulo II confirmava esta tese, acrescentando que a família era a genealogia da pessoa humana, onde cada ser é avaliado principalmente pelo que é, não pelo que tem, sabe ou é capaz. Podemos considerá-la como berço e fonte do amor em todas as suas conjugações, modos e tempos, chegando a aproximar e transcender o amor erótico, emocional, e de companheirismo, ao nível da partilha agápica divina.

Quem tem uma família, participa do recurso e empreendimento mais valioso para a sociedade e o Estado, o único que sempre dá retorno, pois personaliza e humaniza a convivência social, educando para a política da comunhão e responsabilidade, gerando cidadãos que se importam do bem comum e da totalidade da família humana. Sem a família, teremos consumidores dependentes das suas paixões e desejos primários, pessoas anêmicas e apáticas, que se tornarão em massa anônima sem rosto.

Finalmente, gostaríamos de defender, com o Papa Francisco, que a família é protagonista de uma ecologia integral ao postular no seu interior os dois princípios da Casa Comum, a comunhão e a fecundidade, e que se constitui em domus ecclesiae, Igreja doméstica, comunidade de amor, fé, esperança. QUE A SAGRADA FAMÍLIA DE NAZARÉ INTERCEDA E ILUMINE A VOCAÇÃO E MISSÃO DE NOSSAS FAMÍLIAS. DEUS SEJA LOUVADO!

Texto: DOM ROBERTO FRANCISCO FERRERIA PAZ
Imagem de kalhh em PIXABAY
Fonte: CNBB