Qui Fev 21 @12:00AM Aniversário do Padre Claudio |
Qui Fev 21 @ 3:00PM - Terço da Misericórdia |
Qui Fev 21 @ 8:00PM - Grupo de Oração |
Qui Fev 28 @ 3:00PM - Terço da Misericórdia |
Qui Fev 28 @ 8:00PM - Grupo de Oração |
A liturgia deste III Domingo do Tempo Comum coloca no centro da nossa reflexão a Palavra de Deus: ela é, verdadeiramente, o centro à volta do qual se constrói a experiência cristã. Essa Palavra não é uma doutrina abstrata, para deleite dos intelectuais; mas é, primordialmente, um anúncio libertador que Deus dirige a todos os homens e que encarna em Jesus e nos cristãos.
Na primeira leitura, exemplifica-se como a Palavra deve estar no centro da vida comunitária e como ela, uma vez proclamada, é geradora de alegria e de festa.
No Evangelho, apresenta-se Cristo como a Palavra que se faz pessoa no meio dos homens, a fim de levar a libertação e a esperança às vítimas da opressão, do sofrimento e da miséria. Sugere-se, também, que a comunidade de Jesus é a comunidade que anuncia ao mundo essa Palavra libertadora.
A segunda leitura apresenta a comunidade gerada e alimentada pela Palavra libertadora de Deus: é uma família de irmãos, onde os dons de Deus são repartidos e postos ao serviço do bem comum, numa verdadeira comunhão e solidariedade.
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Primeira Leitura
Primeira Leitura Naqueles dias:
2O sacerdote Esdras apresentou a Lei Referencias para reflexão da Primeira Leitura 01 - Que lugar ocupa a Palavra de Deus na vida de cada um de nós e na vida das nossas comunidades? A Palavra é o centro de qual tudo se articula? Encontramos espaço para ler, para refletir, para partilhar a Palavra? 02 - Aqueles a quem é confiada a missão de proclamar a Palavra: preparam convenientemente o ambiente? Proclamam a Palavra clara e distintamente? Refletem a Palavra e explicam-na de forma acessível, de forma que ela toque a assembleia que escuta? Têm a preocupação de adaptá-la à vida? 03 - Nas nossas assembleias comunitárias, a Palavra é acolhida com veneração e respeito, ou aproveitamos o momento em que ela é proclamada para acender velinhas ao santo da nossa devoção, para rezar o terço ou para “controlar” quem está ao nosso lado? 04 - A Palavra interpela-nos, leva-nos à conversão, à mudança de vida, ou a Palavra é só para os outros?
Salmo Responsorial
Vossa Lei é perfeita, ó Senhor,
8A lei do Senhor Deus é perfeita,
Vossa Lei é perfeita, ó Senhor,
Vossa Lei é perfeita, ó Senhor,
10É puro o temor do Senhor,
Vossa Lei é perfeita, ó Senhor,
15Que vos agrade o cantar dos meus lábios Vossa Lei é perfeita, ó Senhor, vossas palavras são espírito e vida!
Segunda Leitura Irmãos:
12Como o corpo é um, embora tenha muitos membros, Referencias para reflexão da Segunda Leitura 01 - A Igreja é o corpo de Cristo onde se manifesta, na diversidade de membros e de funções, a unidade, a partilha, a solidariedade, o amor, que são inerentes à proposta salvadora que Cristo nos apresentou. A nossa comunidade cristã é, para nós, uma família de irmãos, que vivem em comunhão, que se respeitam e que se amam, ou é o campo onde se enfrentam as invejas e os interesses egoístas e mesquinhos? 02 - Usamos os “carismas” que Deus nos confia para o serviço dos irmãos e para o crescimento do corpo, ou para a nossa promoção pessoal e social? 03 - Nesse corpo, os vários membros vivem em interdependência. É efetiva a nossa solidariedade com os membros da comunidade? Os dramas e os sofrimentos, as alegrias e as esperanças dos nossos irmãos são sentidos por todos os membros desse corpo? 04 - Sentimo-nos co-responsáveis na construção dessa comunidade da qual somos membros e desempenhamos, com sentido de responsabilidade, o nosso papel, ou remetemo-nos a uma situação de passividade e de comodismo, esperando que sejam os outros a fazer tudo?
Evangelho
Referencias para reflexão do Evangelho 01 - No Evangelho de Lucas e neste texto em particular, Jesus manifesta de forma bem nítida a consciência de que foi investido do Espírito de Deus e enviado para pôr fim a tudo o que rouba a vida e a dignidade do homem. A nossa civilização, há mais vinte e um séculos conhece Cristo e a essência da sua proposta. No entanto, o nosso mundo continua a multiplicar e a refinar as cadeias opressoras. Porque é que a proposta libertadora de Jesus ainda não chegou a todos? Que situações hoje, à minha volta, me parecem mais dramáticas e exigem uma ação imediata (pensar na situação de tantos imigrantes e migrantes; pensar na situação de tantos idosos, sem amor e sem cuidados, que sobrevivem com pensões de miséria; pensar nas crianças de rua e nos sem abrigo que dormem nos recantos das nossas cidades; pensar na situação de tantas famílias, destruídas pela droga e pelo álcool…)? 02 - A fidelidade ao “caminho” percorrido por Cristo é a exigência fundamental do ser cristão. Ao longo dos séculos, tem sido a defesa da dignidade do homem a preocupação fundamental da Igreja de Jesus? Preocupa-nos a libertação dos nossos irmãos escravizados? Que posso eu fazer, em concreto, para continuar no meio deles a missão libertadora de Cristo? 03 – Neste texto, podemos ver como Jesus “atualiza” a Palavra de Deus proclamada e a torna um anúncio de libertação que toca de muito perto a vida dos homens. Os que proclamam a Palavra, que a explicam nas homilias, têm esta preocupação de torná-la uma realidade “tocante” e um anúncio verdadeiramente transformador e libertador, que atinge a vida daqueles que os escutam?
Comentário
No Evangelho nos encontramos com uma situação muito diferente. Jesus voltou para sua cidade natal depois de um tempo fora. Sua vida pública já começou e sua fama chegou aos seus concidadãos. Ele se sente enviado por Deus para pregar o Reino de Deus. Estamos diante de uma nova proclamação da lei? Jesus dará novas normas em oposição àquelas que o povo recebeu por muito tempo? Possivelmente seus concidadãos também se fizeram estas perguntas. Quando ele entra na sinagoga ele é convidado a ler os profetas e a falar com eles. Surpreendentemente, Jesus escolhe um texto que não fala de regras ou leis. Fala mais de si mesmo e de sua missão. Jesus usa um texto do profeta Isaías para explicar aos seus concidadãos, e também a nós, qual é o conteúdo de sua missão, por que ele está pregando para os povos e nas estradas da Galiléia. É que Jesus se sente dominado, possuído pelo Espírito de Deus. Esse espírito não o torna superior aos outros. Não faz dele um rei que, como o resto dos reis da terra, usa sua autoridade para dominar, oprimir e escravizar. Ele foi enviado para anunciar boas novas aos pobres, libertar os cativos e devolver a visão aos cegos. Essa é a sua missão. Não se trata, portanto, que Deus, através de Jesus, nos dará novas normas, talvez mais fáceis, talvez mais difíceis, que temos que obedecer. Em absoluto. Jesus vem falar de um Deus que nos traz salvação, que quer que sejamos livres, para que deixemos de sofrer, para sermos felizes. Essa é a missão de Jesus. Aqueles de nós que fazem parte de sua comunidade hoje estão encarregados de levar essas boas novas àqueles que sofrem, aos oprimidos, aos cativos, aos pobres. Para que todos conheçam o Deus que nos ama e nos salva. Para reflexão Há pessoas perto de você que precisam ser libertadas de alguma opressão? Você mesmo, talvez? Como Jesus te liberta? Como você libera sua família? Você se deixa ser libertado?
Fernando Torres, cmf - Missionários Claretianos (Ciudad Redonda) |